top of page

Se os Pretos Velhos têm Os Pretos Velhos dá Corre gira Preto Velho Corre gira no gongá Corre gira Preto Velho Com licença de Oxalá

PRETO VELHO

     "A primeira manifestação de um Preto Velho na Umbanda, também por meio de Zélio de Moraes, aconteceu no dia 16 de novembro de 1908, na casa da família de Zélio de Moraes, aonde Zélio incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas primeiro, ali o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a dar as orientações de como seria a religião. Logo depois, ele incorpora Pai Antônio, essa é a primeira manifestação de um Preto Velho dentro do contexto da nova religião que estava sendo anunciada. E é Pai Antônio, o Preto Velho de Zélio de Moraes que pede um cachimbo, é ele que coloca, que inclui o uso das guias, dos colares consagrados que são as nossas guias dentro da religião de Umbanda. E ali as entidades de Umbanda junto de Zélio de Moraes começam a usar elementos, beber o café, beber pinga, beber vinho, não por apego, jamais por vício, mas porque a nossa religião é mágica, ela se utiliza desses elementos.

       O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.

        São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exemplo.

     Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.

        São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.

       Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".

      Preto Velho ensina o respeito por uma raça negra, ensina o respeito pelo mais velho, ensina humildade, ensina sabedoria, mesmo o soberbo, o arrogante,quando chega no Terreiro de Umbanda pra falar com Preto Velho, ele tem que ajoelhar, tem que bater cabeça, tem que pedir a benção e tem que chegar bem pertinho porque o Preto Velho na maioria das vezes fala baixinho. A Umbanda ela estabelece um nivelamento social com relação ao ambiente da espiritualidade.Porque  dentro da Umbanda, do ambiente de Umbanda pouco importa da onde você veio, quem você é qual é a sua condição social, qual é a sua raça, qual é a sua cor. A Umbanda não levante bandeiras, é, contra isso ou contra aquilo, ou defendendo isso ou aquilo porque pra Umbanda tudo é igual. Não há diferenças, aceitamos e aprendemos a aceitar os diferentes e as diferenças como algo igual que merece o nosso respeito e com Preto Velho a gente aprende todas essas coisas pertinentes ao mistério ancião manifesto ali no Preto Velho de Umbanda.( Preto Velho na cultura brasileira e na Umbanda - por Alexandre Cumino)

 

 

Pretos Velhos de Ogum -  São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque", mas são no fundo extremamente bondosos tanto para o seu médium e para as outras pessoas. São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e "medrosos". É fácil pensar nessa características pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.

 

Pretos Velhos de Oxum - São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade doloroso possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. Nunca se sai de uma consulta de Preto Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior.

 

Pretos Velhos de Xangô - Sua incorporação é rápida como a de Ogum. Assim como os Caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processos na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. 

 

Pretos Velhos de Iansã -  São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possui muita paciência para falar com as pessoas. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional e até espiritual.

Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos das pessoas.

 

Pretos Velhos de Oxóssi -  São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Pretos Velhos, geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: a de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumações, chás, etc... São verdadeiros químicos em seus tocos - Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos dos maior "químico" - Oxóssi.

 

Pretos Velhos de Nanã - São raros, sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam em suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como cambones e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo.

Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca". Mas prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar em ficar uma casa, seu seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada.

 

Pretos Velhos de Obaluaiê - São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros.  

Devido à elevação e antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento.  

Como trabalha para Obaluaiê, e este é o "dono das almas", esses Pretos Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos.

 

Pretos Velhos de Iemanjá - São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares.

Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para mulheres que desejam engravidar. Utilizando os movimentos da ondas do mar, são excelentes para descarrego e passes.

 

Pretos Velhos de Oxalá -  São bastante lentos na forma de incorporar, tornan-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade e dirigir e instruir os demais Pretos Velhos. Cobram bastante de sus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática da caridade, bom comportamento moral, dentro e fora do terreiro; ausência de vícios, humildade; enfim, o cultivo das virtudes mais elevadas. (Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem)

 

Dia da Semana - Segunda Feira

Cor - Preto e Branco

Saudação Adore as Almas - Salve as Almas - Sarava Zambi

Sincretismo - São Benedito - Santo Antonio (negro)

Dia da Festa13 de maio (libertação dos escravos)

Frutas - Todas as Frutas (dentro do ponto)

Flores Crisântemo Branco - Margarida - Lírio Branco

Ervas Arruda e Guiné

Bebidas - Café - Pinga com Mel

Cor das Velas - Branco e Preta ou Bicolor branca e preta

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes de onde os textos foram extraídos:

http://www.genuinaumbanda.com.br/entidades_e_falanges.htm

http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2010/07/pretos-velhos-na-umbanda.html

http://centropaijoaodeangola.com.br/preto-velho_92.html

 

Unknown Track - Unknown Artist
00:00 / 00:00
  • Twitter Clean
  • w-facebook
  • w-youtube
  • w-flickr
bottom of page